Notas de um caderno de viagem IV
19/07/1992 – Excursão a Baturité,
Guaramiranga e Pacoti, com Plínio, Maria Felix e Maria Freire. Os pernoites
foram no Hotel Escola (antiga residência de verão dos governadores). Comida
excelente. Clima ideal. Muitas flores.
Lá
tem um pequeno teatro chamado Rachel de Queiroz, recém inaugurado sem a
presença da homenageada. Pois não é que a velha senhora resolveu rebatiza-lo
agora por ocasião do seu 82º aniversário. E lá fomos nós, também, abrilhantar a
festa da grande família, que é grande mesmo, e de seus admiradores.
Em Guaramiranga está o ponto culminante do
relevo estadual: Pico Alto, com 1.115m de altura. A cidade fica a uns 900m de
altitude. Em Pacoti ficam os reservatórios de água que abastecem a cidade de
Fortaleza. O tal vale das flores em Pacoti é um engodo.
Mas Baturité, a 70km de Fortaleza, quente de
dia, e agradável de noite, é uma cidade interessante. Tem uma casa/museu,
Comendador Arruda (quase tudo na cidade é Arruda) curiosa e ligeiramente
mórbida. Dava para escrever um conto de assombração. No alto da serra fica a antiga
Escola Apostólica dos Jesuítas, agora casa de repouso. É toda de pedra e cal,
lembrando um castelo medieval, sem ameias.
Pousada dos Capuchinhos
A serra de Baturité fica entre os
municípios de Baturité, Guaramiranga e Palmácia e foi declarada área de reserva
ambiental, em 1990. A igreja é do século XVIII e o prédio de cultura fica na
casa, onde foi declarada a Abolição da Escravatura em 1883. Baturité era a
terra de nascimento de minha avó materna. Gostei.
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