quinta-feira, 18 de outubro de 2018


9/7/1987 – Viagem: Fortaleza, Belém, Amapá, Belém, O trecho Belém a Macapá, de ida, foi de navio a volta de avião. Macapá é um município brasileiro, capital do estado do Amapá. Situa-se no sudeste do estado e é a única capital estadual brasileira que não possui interligação por rodovia a outras capitais. 
Saímos de Belém para Macapá, a meia noite do dia 9. Chegamos dia 11. Vinte e nove horas de viagem, pelo Rio Amazonas, cruzando a oceânica baía de Marajó, se enredando pelos curiosos estreitos de Breves. Nas curvas dos paranás, o navio apita uma ou duas vezes, avisando que vai para este ou oeste. As crianças se aproximam do navio, em suas canoas, a espera de que lhes joguem alguma coisa: comida ou roupa ou brinquedo. É de se ver a perícia da necessidade.
A ausência de eletricidade é suprida por uma enorme lua cheia sobre a mata e o rio. De vez em quando, nas margens "bruxo-leia" a chama de um farol, com lembranças de olhos de cobra-grande. E a grande e profunda solidão do espaço plantado e inundado. O aparente repleto do nada.
As atrações de Macapá são: as praias, o Forte de São José (onde um grupo de teatro já encenou a Paixão e então  ensaiava a Loucura de Artaud) Um  dos principais pontos turísticos é:  o Marco Zero, um grande relógio de sol construído para indicar o local por onde passa a Linha do Equador, que divide a superfície terrestre, de forma imaginária, em dois hemisférios, o  momento exato da ocorrência do equinócio, quando os raios de sol, de forma aparente, incidem exatamente sobre a Linha do Equador. Viagem inesquecível.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018



25/08/10 - 4ª feira: City tour: orla marítima (a avenida litorânea tem seis quilômetros); Centro histórico: Praça dos Leões, palácio de La Ravardière, Praça Pedro II, Igreja da Sé, beco e ladeiras, Projeto Reviver. Almoço.
O evento está se realizando no Hotel Poti. Palestra e depois uma apresentação de Tambor de Creola e Boi Bumbá. Informações:
Natural de São Luis: saoluisense.
Fundação da cidade de São Luis: 1612;
A Ilha mede: 805km²
População: 1.000.000hab
A Ilha de São Luis tem quatro cidades: São Luis, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. As três cidades: 1.300.000hb.
  
26/o8/10 - 5ª feira: Um passeio sempre agradável: Alcântara. Alcântara pode ser alcançada por terra e por mar. Já estive lá umas três vezes, todas de barco, atravessando a Baia de São Marcos, ora serena ora revolta. Alcântara é um município da Região Metropolitana de São Luís, no estado do Maranhão. Área:  1457,96 km². A zona do atual município era habitada por índios tupinambás, numa aldeia chamada Tapuitapera. Fundação: 22 de dezembro de 1648. Distância até a capital: 30 km
O desembarque é no Porto do Jacaré. Sobe-se até o centro da cidade, por calçamento rústico, até a Praça, onde está a ruína da Matriz de São Matias e o antigo Pelourinho. Ao redor, sobrados coloniais revestidos de azulejos portugueses. A Cadeia e Museu, século XVIII.
Mais adiante, as ruínas do Palácio Negro, antigo mercado de escravos. Ruínas das casas que disputavam a hospedagem do Imperador, que por isso mesmo desistiu da visita a Alcântara, dizem os guias. Rua da Amargura. 
Visita a Casa de Cultura Aeroespacial, onde militares mostram vídeos das atividades da Base de Alcântara. Fotos de foguetes e outros artefatos aeroespaciais. Indumentária. Uma réplica da Sonda 4 (foguete de testes).
Fora essa demonstração de modernidade, Alcântara nos faz mergulhar num passado de vários séculos. E, quase inacreditável, dada a distância da Ilha de São Luis, que tenha tido um passado tão rico, conforme se vê nas ruínas de casas de barões e altos comerciantes. Numa de suas igrejas, o guia mostra o púpito em que pregava o Padre Antônio Vieira.
Vale uma visita.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018


Há quarenta anos esta noite - VII 

Creio que a mais popular invenção do século XX  – foi o cinema. Foi por meio dele que recebemos ou popularizamos o famoso “american way of  life”, isto é, boas e más influências, por exemplo:
moda: tênis, calça jeans, camisas de malha...;
alimentação: coca cola, hamburger, saladas...;
habitação: edifício, apartamento, elevador...;
transporte: carro (automóvel), motos...;
música: fox, swing, baladas, jazz...;
 idioma inglês: é só dar uma volta pelas ruas de nossas capitais e ler o nome de seus estabelecimentos... e a moeda? Ah! o dólar.
Eu recebi. "Gosto que me enrosco" de sanduíches, de calças jeans (ou assemelhadas), de camisa de malha, de tênis, da música americana e do cinema, então? Pena que a idade não me permita mais acompanhar os lançamentos como o fazia, antes. E não tenha estudado bem o inglês para ler seus autores no original. Grande literatura. E que bela língua! E em vez de ler, ver os filmes. Quanto dos filmes perdemos enquanto lemos as legendas.
Quando mudei para Fortaleza, a cidade era bem servida de cinemas. E boas salas. No Centro, havia o São Luis, o Diogo, o Fortaleza, o Cine-Art e os poeiras: Jangada e Old Metrópole;  no Center Um, primeiro shopping da cidade, havia o Gazeta, onde sexta-feira a noite e sábado de manhã passavam filmes de arte. Havia ainda as salas alternativas: Casa Amarela e Casa de Cultura Alemã. Frequentei-os com assiduidade.
Hoje, os cinemas mudaram de espaço, estão todos nos shoppings que se multiplicam pela cidade. No Centro resta apenas o São Luis, restaurado com os esplendores que merece. Primeiro, como um marco histórico e exemplar típico de uma época; segundo, como única sala de eventos, no centro; terceiro, deveria ser o ponto de partida para a tão discutida recuperação do centro da cidade.  
Sou frequentador de shoppings, mas vou pouco ao cinema. Porque? Pela falta das sessões contínuas. Não posso entrar no cinema com o filme começado e terminar de vê-lo na sessão seguinte. Fazer várias coisas e ver o filme no tempo que eu determinar.  Ver um filme, agora, é um programa e não uma rotina cultural, como antes.
Quem mais deve  estranhar a nova moda, são aqueles que depois do trabalho, entravam no cinema para esperar que a hora do aperto passasse para pegar um bom lugar no ônibus; ou dos namorados, que iam ao cinema por duas serventias: namorar e passar o tempo para ir para casa. No verão, então, era uma delícia: o ar refrigerado, o escurinho da sala e o aconchego dos corpos. Ah! tempos.

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