tag:blogger.com,1999:blog-44197886936290049302024-02-06T19:31:54.319-08:00Alberto Rodrigues SoeiroALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.comBlogger85125tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-71026127429101443612019-12-30T09:43:00.001-08:002019-12-30T09:44:03.337-08:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i9.ytimg.com/vi/F5x4xGmYGOE/default.jpg?sqp=CPDsqPAF&rs=AOn4CLD2BQZ2on3QTUS75UhfZAMSNquNDg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/F5x4xGmYGOE?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-indent: -1cm;">Notas de um caderno de viagem VI</span><br />
<span style="text-indent: -1cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">10/6/06 -<b> </b></i><i><span style="text-align: center; text-indent: -37.7953px;">Praia da Baleia - Itapipoca -</span><span style="text-indent: 2cm;"> </span></i><i style="text-indent: 2cm;">Milton e Mary passaram
por aqui para irmos passar o fim-de-semana na Taíba. Mas encontramos uma Taíba
tão urbanamente bagunçada, que desistimos e fomos para a Praia da Baleia, em
Itapipoca. 178 km de Fortaleza. Gostei de cara.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ficamos na Pousada Paraíso, de Paulo e
Isabel. Ocupamos duas suítes bem em frente ao mar. Era tarde, estávamos com
fome, Paulo e a mulher foram preparar uma peixada para nós. Beijupirá. Não sei
se era a fome, mas tudo me pareceu delicioso.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lá
pelas quatro e meia saímos para conhecer (eu) Itapipoca, terra de Mary.
Visitamos alguns parentes dela. Lanchamos. Milton fez um tour pela cidade.
Paramos diante da praça principal. Visitamos a igreja, ouvimos o badalar dos
sinos, chamando os fiéis para a missa. Fotografamos uma escultura com os
slogans característicos da cidade dos três climas: jangada (mar), boi (sertão)
e serra. A distância entre a praia da Baleia e a Cidade é de cinquenta e cinco
quilômetros. Foi um bocado de chão rodado (233km) e Milton nem parece cansado.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Itapipoca quer dizer: pedra lascada. Ita=
pedra: pipoca:= lascada. Tem tudo a ver, pois na região serrana fica a Pedra
Ferrada com inscrições rupestres e materiais fósseis, datados de até dez mil
anos atrás. Os fósseis foram encontrados em Taboca, Lagoa do Juá, Mocambo de
baixo e Lagoa das Pedras. Estrigas esteve pesquisando por lá.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">11/6/06 - A areia da praia é
escura e sólida, por isso os carros circulam por ela, livremente. Fizemos todo
o seu percurso: pousadas, mansões, barracas. A praia é manchada de algas. Aliás,
as algas são pescadas e tratadas para exportação. Japão. Segundo Paulo, há um
projeto do município para a utilização das algas na fabricação de cosméticos,
cordas especiais e tecidos.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pena, na ponta da praia, coberta de dunas,
que dá um charme todo especial a orla, pois bem, os gringos estão adquirindo
lotes para construção nas partes mais altas dos morros. Transferindo o ponto de
vista de apreciação de sua beleza: hoje, de baixo para cima; amanhã, de cima
para baixo. Antes, de todos; amanhã, de uns poucos.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Almoço: a família foi de mariscada: peixe,
camarão, lagosta. Eu fui de grelhado, com arroz branco e batata frita. Peixe:
beijupirá. Muito bom. Saímos de lá, as 14h. Finalmente, Milton pagou sua
dívida: uma garrafa de mel do Curu, do apiário do irmão de Mary. É isso aí:
amigos, amigos, negócios a parte. Feliz aniversário!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-20711131774666654222019-08-08T05:14:00.000-07:002019-11-23T09:43:24.502-08:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglDkjZzh22k42Rwx-9fh_DYV3U3HeCFjSIPg9C-2483py44AlbIfbnokW6gsz4oBAcCUTARbrEREgcerDTgFEFTBR7AT9Jqbbk75FKI34w3GdCJm1cS_n9cBdX3za_ym_dPK07nNStGC3T/s1600/Alberto0129a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglDkjZzh22k42Rwx-9fh_DYV3U3HeCFjSIPg9C-2483py44AlbIfbnokW6gsz4oBAcCUTARbrEREgcerDTgFEFTBR7AT9Jqbbk75FKI34w3GdCJm1cS_n9cBdX3za_ym_dPK07nNStGC3T/s400/Alberto0129a.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></span>
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%;"><i>Notas de um caderno de viagem V</i></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-align: left; text-indent: 2cm;">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="text-indent: 2cm;">25/03/2000 - Sábado - Mundaú - </span><span style="text-indent: 2cm;">6h Plínio passou por aqui e fomos
nos encontrar com o grupo da Maria Martins, no Hospital de Messejana, para
iniciarmos a excursão a Mundaú. Ônibus quase cheio. Jovens e adultos. Duas
horas e meia de viagem. A 150km de Fortaleza. Estradas boas. Ficamos no Mundaú
Dunas Hotel. Bom. Fizemos um passeio de catamarã pelo rio Mundaú. Duas horas.
R$7.00 por pessoa. De noite houve
seresta no restaurante do Hotel. Boa comida. Peixe. A igrejinha foi restaurada
com a ajuda de católicos alemães.</span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-align: left; text-indent: 2cm;">
<div style="text-align: justify;">
<i>26/03/2000 - Domingo - <span style="text-indent: 2cm;">De manhã andei a pé pela cidade
fotografando casas bem primitivas: palha, taipa e tijolos aparentes. Parece que
estamos ainda no século XVIII, não fora as parabólicas... Muitas, muitas
crianças pelas ruas. 10.000 habitantes. 3000 rurais. Tudo muito precário. Praia
suja de algas escuras. Mundaú pertence ao município de Trairí.</span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-align: left; text-indent: 2cm;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-5343877390546293092019-06-20T13:31:00.004-07:002019-06-20T13:38:01.794-07:00<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizOSb-8TJVACw5wxp1JPK6uOeWdOY9eHct_wMVK1zuDgSZbq3rw9zh2BMfo-V4qQLISKNiQsBtmdIjetOOC9m9lc4jzPcxUCcUoNpvunH3nWU3Q1hLF5JgS7HgWr60aq26EfL1zZInp64U/s1600/pico+alto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizOSb-8TJVACw5wxp1JPK6uOeWdOY9eHct_wMVK1zuDgSZbq3rw9zh2BMfo-V4qQLISKNiQsBtmdIjetOOC9m9lc4jzPcxUCcUoNpvunH3nWU3Q1hLF5JgS7HgWr60aq26EfL1zZInp64U/s320/pico+alto.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Notas de um caderno de viagem IV</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="text-indent: 2cm;">19/07/1992 – Excursão a Baturité,
Guaramiranga e Pacoti, com Plínio, Maria Felix e Maria Freire. Os pernoites
foram no Hotel Escola (antiga residência de verão dos governadores). Comida
excelente. Clima ideal. Muitas flores.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lá
tem um pequeno teatro chamado Rachel de Queiroz, recém inaugurado sem a
presença da homenageada. Pois não é que a velha senhora resolveu rebatiza-lo
agora por ocasião do seu 82º aniversário. E lá fomos nós, também, abrilhantar a
festa da grande família, que é grande mesmo, e de seus admiradores.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Em Guaramiranga está o ponto culminante do
relevo estadual: Pico Alto, com 1.115m de altura. A cidade fica a uns 900m de
altitude. Em Pacoti ficam os reservatórios de água que abastecem a cidade de
Fortaleza. O tal vale das flores em Pacoti é um engodo. <o:p></o:p></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkaQKn5fTQQz5Nl9BnPp8bTZTLiISRHqp9mlH2ob3Yb0YsrV-UoW9neLBLnqaKf1tjboseoAxbub7kPHzSFgJj9hjbYSKF_1bK-OjqSeqEEzCDN8hedVOTkKI4v_e16NNxRclhMkf6QWB4/s1600/paxcoti.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="708" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkaQKn5fTQQz5Nl9BnPp8bTZTLiISRHqp9mlH2ob3Yb0YsrV-UoW9neLBLnqaKf1tjboseoAxbub7kPHzSFgJj9hjbYSKF_1bK-OjqSeqEEzCDN8hedVOTkKI4v_e16NNxRclhMkf6QWB4/s200/paxcoti.png" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mas Baturité, a 70km de Fortaleza, quente de
dia, e agradável de noite, é uma cidade interessante. Tem uma casa/museu,
Comendador Arruda (quase tudo na cidade é Arruda) curiosa e ligeiramente
mórbida. Dava para escrever um conto de assombração. No alto da serra fica a antiga
Escola Apostólica dos Jesuítas, agora casa de repouso. É toda de pedra e cal,
lembrando um castelo medieval, sem ameias. <o:p></o:p></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmkRAmML-Z1xVXvH6i04HkClEAnrF97qa8yy0fl4_P4b9IvrVBcg9KLpml-uRP8vhTvKPQe_6A0YIVf-XVgPGfuf1N51juYc1MJyBjWOYZv1vDaFAIMveuwKnhDYQRy10_sHIqmlZmhTSp/s1600/g_10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="900" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmkRAmML-Z1xVXvH6i04HkClEAnrF97qa8yy0fl4_P4b9IvrVBcg9KLpml-uRP8vhTvKPQe_6A0YIVf-XVgPGfuf1N51juYc1MJyBjWOYZv1vDaFAIMveuwKnhDYQRy10_sHIqmlZmhTSp/s200/g_10.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pousada dos Capuchinhos<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A serra de Baturité fica entre os
municípios de Baturité, Guaramiranga e Palmácia e foi declarada área de reserva
ambiental, em 1990. A igreja é do século XVIII e o prédio de cultura fica na
casa, onde foi declarada a Abolição da Escravatura em 1883. Baturité era a
terra de nascimento de minha avó materna. Gostei.</i> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 28.3pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-87457957059982892492019-05-20T11:50:00.003-07:002019-05-20T11:50:47.591-07:00<br />
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYn2g7QUIDYFNT5Cpx4-Bl05IUHKCLT3OqUYmjASkUzxZUHHeVODk11wQ2dThiQ6lHLP6bufVBa-ZmyEGXs8fixWb9ZDDWKt9ciugpTICbll3AS6HlSybyk30nL_gxxm46t_BiDyfD-6ud/s1600/festa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="658" data-original-width="634" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYn2g7QUIDYFNT5Cpx4-Bl05IUHKCLT3OqUYmjASkUzxZUHHeVODk11wQ2dThiQ6lHLP6bufVBa-ZmyEGXs8fixWb9ZDDWKt9ciugpTICbll3AS6HlSybyk30nL_gxxm46t_BiDyfD-6ud/s320/festa.jpg" width="308" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<i style="text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Notas de um caderno de viagem III</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<i style="text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1/6 a 5/6/1984 – Viagem
a Barbalha. Festa de Santo Antônio. Barbalha fica na região do Cariri. Parece,
nesta época, uma cidade mineira, pela topografia e pelo clima.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pela arquitetura, não. Dia 1° foi a abertura
dos festejos de Santo Antônio. Quermesses, novenas, quadrilhas, paus-de-cebo,
forró e muita comida típica.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-9-QOoxMhLEBgZJ6JNGJ-7clYF-W575Pe-LSZ4AenWlOV-CGfbae99Sd1flfKfvaYdMNFyrCUUwage2WMgUN_H_id5OwzQuNjIlJGh7rsTNMtZHlErsPEy7FgmVbiKOyk-BuxG_x5rynm/s1600/pau.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="714" data-original-width="1600" height="88" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-9-QOoxMhLEBgZJ6JNGJ-7clYF-W575Pe-LSZ4AenWlOV-CGfbae99Sd1flfKfvaYdMNFyrCUUwage2WMgUN_H_id5OwzQuNjIlJGh7rsTNMtZHlErsPEy7FgmVbiKOyk-BuxG_x5rynm/s200/pau.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-align: center; text-indent: 2cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">O ponto culminante é o corte do pau da bandeira, que deve ser
mais alto do que o do ano anterior e é trazido da mata até em frente da igreja
pela população. Chega a ser emocionante. Músicas, fogos, alegria. O prefeito é
muito jovem e o pároco muito aberto. A parte cantada da missa foi feita por
cantadores da região.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgCZK4ijIrDChbclwxldwb80yaW74N7bORTFpbSTEQhDpEPkMrOuK-ei2aGRP9jRVzNFE6o0TbTRVmNGYZcGjOTwprhenBNa4x3xotPoG7wHtHR01DISAh10EaWB76NAB01xnUz5zh7fxL/s1600/igreja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="338" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgCZK4ijIrDChbclwxldwb80yaW74N7bORTFpbSTEQhDpEPkMrOuK-ei2aGRP9jRVzNFE6o0TbTRVmNGYZcGjOTwprhenBNa4x3xotPoG7wHtHR01DISAh10EaWB76NAB01xnUz5zh7fxL/s200/igreja.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">O mais curioso, para mim, foi o grupo de penitentes. Ainda
existente nessa região. Banda Cabaçal: pífaros e zabumbas. Aliás, o Cariri com
suas três cidades: Juazeiro, Crato e Barbalha, quase gêmeas, mas tão distintas,
merece uma temporada bem maior, com os olhos, os ouvidos, o olfato e o paladar
bem apurados.</span></i><i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"> <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiky94XlX4oO16SO98iIxBRIqzzz2Rd9fQL_La9P84LlecQrJZzGWBaKAvSnQPIVrPnmBA4XJyGS2M-XuSheiQXuctjFq16eSMypfPhIsXoGyEmUDWSfWAWRWGdDl5y-zMQh8aGh_XA9PfU/s1600/cabacal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1112" height="129" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiky94XlX4oO16SO98iIxBRIqzzz2Rd9fQL_La9P84LlecQrJZzGWBaKAvSnQPIVrPnmBA4XJyGS2M-XuSheiQXuctjFq16eSMypfPhIsXoGyEmUDWSfWAWRWGdDl5y-zMQh8aGh_XA9PfU/s200/cabacal.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-align: center; text-indent: 2cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><br /></span></i></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-47541068078494961452019-05-01T10:00:00.000-07:002019-05-01T10:00:06.317-07:00<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9iruawsHSMKv9xZZlMqTyywqRVyuyi1yegY9szkGqI1OzDZZJZOn1Ae1rJiSskMo3TY-5lLwA_lYesd1YmLOHxLxs3zOQIAc4SUHcvCblB9yIPhWNCOkfYWEopVJntfZszEsfIRB_oyJw/s1600/padre+cicero.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="486" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9iruawsHSMKv9xZZlMqTyywqRVyuyi1yegY9szkGqI1OzDZZJZOn1Ae1rJiSskMo3TY-5lLwA_lYesd1YmLOHxLxs3zOQIAc4SUHcvCblB9yIPhWNCOkfYWEopVJntfZszEsfIRB_oyJw/s320/padre+cicero.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<i style="text-indent: -1cm;"><br /></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: center; text-indent: -1.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Notas de um caderno de viagem II<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm; text-indent: 1cm;">
<i>De 16 a 19/03/1979 – Viagem com Edna e
Wilson a Juazeiro e Crato. De trem. Edna foi pagar uma promessa, de seu pai, já
falecido. E que ela prometera pagar. A viagem dura a noite inteira. Nas paradas
havia sempre vendedores de guloseimas, mas o que mais me chamou atenção foi o
chá de canela, com seu sabor perfumado, dominando a madrugada, adensada por um
nevoeiro quase frio. </i></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRmk-NiKWniSmQ8a9S5CKcciZ3ejE82rm0A-0vEOzCCblAUX-Qz5VI3vVR2WNPMZWIWg3LzrK15IzgIClRtImeFLtB-c9Om0OMExXb2RCHPfEX6UZPU0kMJ65ufDeOmY_hbntUcyYjWg-n/s1600/padim+menor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="94" data-original-width="50" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRmk-NiKWniSmQ8a9S5CKcciZ3ejE82rm0A-0vEOzCCblAUX-Qz5VI3vVR2WNPMZWIWg3LzrK15IzgIClRtImeFLtB-c9Om0OMExXb2RCHPfEX6UZPU0kMJ65ufDeOmY_hbntUcyYjWg-n/s1600/padim+menor.jpg" /></a><i style="text-indent: 2cm;"></i></div>
<div style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm; text-indent: 1cm;">
<i>Juazeiro é uma cidade de romeiros, onde
reverenciam Padre Cícero. Tudo na cidade faz lembrar-lhe: ruas, praças, becos e
o grande número de pessoas que levam seu nome. Sua figura é reproduzida em
barro, gesso, pedra e madeira. Batina preta, barba branca e o cajado na mão
direita. Estampada em postais e santinhos. Sua história é contada e cantada em
cordéis e violeiros. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 2cm; text-indent: 1cm;">
<i>Visitamos o Cruzeiro no meio da praça; a
igreja com seu túmulo; a casa dos milagres; o museu na casa onde morreu; o
Horto. Subimos de táxi, mas fiz questão de descer a pé, para ver as capelas,
erguidas na subida do morro, encimado por uma enorme estatua do Padre. Fotos.
Ah, a postura e os instantes inusitados de seus adoradores. Alguns, algumas
parecem talhados em madeira, com suas vestes monacais, marrons. A cidade de dia
e de noite gira em torno dessa estranha devoção. Sons, rezas, cânticos,
pregações... em todos os sotaques desses vários nordestes.</i><br />
<i><br /></i>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdpwJrtO-m-YIrs6UNU8SjIkSrGqXBlbhEwZtsJeAt1SkyFfqDXsrcEmGT9X7HAXo63hkCfN4EzWEJF_gv7DCWN_xxQlg9rU01DLjPrUe4r0RvtRUV_R8DfEYKI5FIv1Fu5tO_bnOgjxij/s1600/crato.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center; text-indent: 2cm;"><img border="0" data-original-height="544" data-original-width="766" height="141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdpwJrtO-m-YIrs6UNU8SjIkSrGqXBlbhEwZtsJeAt1SkyFfqDXsrcEmGT9X7HAXo63hkCfN4EzWEJF_gv7DCWN_xxQlg9rU01DLjPrUe4r0RvtRUV_R8DfEYKI5FIv1Fu5tO_bnOgjxij/s200/crato.jpg" width="200" /></a><i style="text-indent: 1cm;"><br /></i><i style="text-indent: 1cm;"><br /></i><br />
<i style="text-indent: 1cm;"><br /></i>
<i style="text-indent: 1cm;"><br /></i>
<i style="text-indent: 1cm;"><br /></i>
<i style="text-indent: 1cm;"><br /></i>
<i style="text-indent: 1cm;"><br /></i>
<br />
<i style="text-indent: 1cm;">Crato é cidade mais antiga. E de vida
aparentemente mais calma. Fachadas neo-clássica.
Fomos também visitar um balneário no alto de uma serra, Granjeiro (?). Aliás, a
Chapada do Araripe oferece uma visão impressionante ao longo de uma planície
verde/cana. Cana. A cana e seus produtos criam uma atmosfera particular,
principalmente olfativa: o açúcar, o mel, a rapadura, o alfenim... doce.</i></div>
</div>
</div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-26647340181701249312019-04-19T05:19:00.001-07:002019-04-19T05:33:59.437-07:00<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNEXMfE0C2TnYpQVSWkDHhWdaevgy18lXMuVt5Mqk29EDZ6BGXH5o8MJfgLMhWkigzjReTGhgQep6GQ_r3h1hPQCnIosrctLsNyW6PpU4awR18EeM6vVbyu1xcIoWKnNu-N5nXzc744PmJ/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNEXMfE0C2TnYpQVSWkDHhWdaevgy18lXMuVt5Mqk29EDZ6BGXH5o8MJfgLMhWkigzjReTGhgQep6GQ_r3h1hPQCnIosrctLsNyW6PpU4awR18EeM6vVbyu1xcIoWKnNu-N5nXzc744PmJ/s320/Sem+T%25C3%25ADtulo-1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Notas de um caderno de viagens </div>
<div style="text-align: center;">
<b style="text-align: left; text-indent: -1cm;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> </span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: -1.0cm;">
<div style="text-align: left;">
<b style="text-indent: -1cm;"><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 1cm; text-indent: -1cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhImVqdP523nGHIMapNhu510KM2dT9KaIgGfoj-XaEsKaMUzlawzGMIpxcQ4nfL20YLpesDlxdo4sIcJHiGuH3e4UPo8dBxV-H6hWI5pwNDOo2-5LaaxbtfOdmiRsg-2Ild44AO3tsjPL_o/s1600/quixere.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="942" data-original-width="1124" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhImVqdP523nGHIMapNhu510KM2dT9KaIgGfoj-XaEsKaMUzlawzGMIpxcQ4nfL20YLpesDlxdo4sIcJHiGuH3e4UPo8dBxV-H6hWI5pwNDOo2-5LaaxbtfOdmiRsg-2Ild44AO3tsjPL_o/s200/quixere.jpg" width="200" /></a><i> </i><b style="text-align: left; text-indent: -1cm;"><i>Quixeramubim</i></b><br />
<i style="text-indent: -1cm;"><br /></i>
<i style="text-indent: -1cm;"> De 29 a 30/10/1978 – Viajando pelo interior
do Estado do Ceará, com Evando. Paramos em Quixeramubim<b>.</b> Fiz Fotos. Inesquecível a igreja toda branca, no centro da praça ao
sol do meio-dia. Há dentro dessa igreja um santo (tamanho natural) quase vivo
ou estou tendo vertigens de luz e calor? Acho que não tenho diafragma para
tanto esplendor.</i><br />
<br />
<b style="text-align: center; text-indent: -1cm;"><i> *****</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 56.65pt 10pt 1cm; text-indent: -1cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMn_kfw11HJk0-Cp2wxu1GL2D3DDbzbuv7QQY2UBL5cp2IR4_1fpWkgLY1qF2ECHCso6sKkBLyVBPlXS3SZ_wGIWG8TFb_8D41PNXfVWDxFZbfAy-xLVTzZoh0lHROf_DehlvJ1WNNS_UE/s1600/70359767.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMn_kfw11HJk0-Cp2wxu1GL2D3DDbzbuv7QQY2UBL5cp2IR4_1fpWkgLY1qF2ECHCso6sKkBLyVBPlXS3SZ_wGIWG8TFb_8D41PNXfVWDxFZbfAy-xLVTzZoh0lHROf_DehlvJ1WNNS_UE/s200/70359767.jpg" width="200" /></a><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape alt="70359767.jpg" id="Imagem_x0020_0" o:spid="_x0000_s1026" style="height: 147pt; left: 0; margin-left: 27.2pt; margin-top: 277.9pt; mso-position-horizontal-relative: margin; mso-position-horizontal: absolute; mso-position-vertical-relative: margin; mso-position-vertical: absolute; mso-wrap-distance-bottom: 0; mso-wrap-distance-left: 9pt; mso-wrap-distance-right: 9pt; mso-wrap-distance-top: 0; mso-wrap-style: square; position: absolute; text-align: left; visibility: visible; width: 196pt; z-index: 1;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="70359767" src="file:///C:\Users\user\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg">
<w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square">
</w:wrap></v:imagedata></v:shape><i> </i><b style="text-indent: -1cm;"><i>Quixadá</i></b><br />
<i style="text-indent: -1cm;"><br /></i>
<i style="text-indent: -1cm;"> Em Quixadá, pela primeira vez.
O nome é um eco das crônicas de dona Rachel. Cidade rodeada de pedras. Quente.
Vamos até o açude do Cedro, o lago imenso, guardado pela galinha choca, um dos
símbolos da cidade. Construção majestosa. A muralha, as grades de ferro. A
larga alameda. O caminho sombreado. Um oásis? Na volta, o almoço: carne-de-sol,
com pirão de leite. Deliciosa. Nunca provei melhor. </i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: -1.0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMn_kfw11HJk0-Cp2wxu1GL2D3DDbzbuv7QQY2UBL5cp2IR4_1fpWkgLY1qF2ECHCso6sKkBLyVBPlXS3SZ_wGIWG8TFb_8D41PNXfVWDxFZbfAy-xLVTzZoh0lHROf_DehlvJ1WNNS_UE/s1600/70359767.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-indent: -1cm;"><span style="font-size: xx-small;"></span></a><b style="text-indent: -1cm;"><i><span style="line-height: 115%;"> </span></i></b><br />
<b style="text-indent: -1cm;"><i><span style="line-height: 115%;"> </span></i></b><i style="text-indent: -1cm;"><span style="line-height: 115%;"> </span></i></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: -1.0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%;"> </span></i></b></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-14789093480263463272019-03-17T04:55:00.000-07:002019-03-17T04:56:50.053-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAjRwbXyPyIabYFmDf_Mt1hrrEiYmBQF0YH7uC2LmGU5vang8ges-teSY7ndj-h9aV60NKoDlra612_EN6kmLZxrPTmlRyVxO3Cf9y9bh9V61atHDlhp-kysBKMwZtAwzFSJgcnx3ofans/s1600/Blog+Portela+2017+%25C3%2581guia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1315" data-original-width="1600" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAjRwbXyPyIabYFmDf_Mt1hrrEiYmBQF0YH7uC2LmGU5vang8ges-teSY7ndj-h9aV60NKoDlra612_EN6kmLZxrPTmlRyVxO3Cf9y9bh9V61atHDlhp-kysBKMwZtAwzFSJgcnx3ofans/s320/Blog+Portela+2017+%25C3%2581guia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Carnaval Rio de Janeiro<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hoje, arrumando as estantes de livros, com a
finalidade de conseguir mais espaço para os novos e dar baixa em alguns, que
com certeza não <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os lerei mais, encontrei
este “Almanaque do Carnaval”, de André Diniz, e, com a proximidade da grande
festa, comecei a ler aqui e acolá e acabei por constatar que testemunhei todas
as fases da evolução do carnaval. E no Rio de Janeiro. Seu berço.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quando cheguei nessa cidade, para morar, em
1948, (já havia visto o de 1945) ainda havia o “entrudo” sua forma original. A
saída de blocos de sujo, os cordões, os ranchos, bailes, o corso na Avenida Rio
Branco, depois na Getúlio Vargas, com arquibancadas de madeira, que fui alguns
anos, até o Sambódromo, que nunca fui. Ah! o desfile do Cordão do Bafo da Onça
e do Cacique de Ramos, na Avenida Rio Branco. De uma simples brincadeira de
vizinhos e amigos é agora essa “opera aberta”, como a apelidaram, de fama
internacional. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O carnaval passou de uma festa familiar a
formação de grandes empresas que são as Escolas de Samba. Ocupam roteiristas
(para bolar os enredos), compositores, marceneiros, pintores, aderecistas,
costureiras/os, carregadores, cantores, músicos... o ano inteiro. Para a
diversão de uma plateia inumerável de todas as nacionalidades e categorias
sociais, os hotéis que o digam. Creio que, ainda assim, continua a ser festa
mais democrática do mundo. Criando empregos e gerando dividendos para o país,
não é a moleza que alguns rabugentos ainda o acusam de ser. Então, viva o Zé
Pereira, que a ninguém faz mal.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Outra faceta do carnaval é que ele
foi o veiculo criador de vários gêneros ou estilos musicais o samba, o samba
enredo, a marcha-rancho, o frevo e as marchinhas, muitas delas tocadas até hoje
em todas as manifestações de momo. Músicas compostas especialmente para essa
festa contagiante. Creio que não foi composta para o carnaval, mas para os seus
inimigos, podemos perfeitamente cantar estes versos da música de Caymmi, é só <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fazer algumas adaptações:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Quem não gosta de “momo”<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Bom sujeito não é<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>É ruim da cabeça<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Ou "de samba<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no pé".<o:p></o:p></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-48128682411890496802019-02-15T09:35:00.000-08:002019-02-15T09:35:23.220-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPhKwcg4QL8ON7Kx5yU-Mer7q2TwChOuROFTS9OGhhhyphenhyphenCACySqq-n0CuJC1gtq4V0z4hxEXkr1pUajO3XUtauqGZxoGmbFGHVPga5V3-CKw4lOuCO5yelVDMJWp4XQViIvfBN4D06hmLde/s1600/Apartamento+e+Outros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1600" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPhKwcg4QL8ON7Kx5yU-Mer7q2TwChOuROFTS9OGhhhyphenhyphenCACySqq-n0CuJC1gtq4V0z4hxEXkr1pUajO3XUtauqGZxoGmbFGHVPga5V3-CKw4lOuCO5yelVDMJWp4XQViIvfBN4D06hmLde/s400/Apartamento+e+Outros.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Visita Inesperada</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Quando
Cidamar chegou, de manhã, encontrou no corredor do apartamento um jovem gavião,
a lhe olhar. Cidamar ofereceu-lhe o dedo e ele não se fez de rogado. Aceitou e
entraram no apartamento, como se fossem velhos conhecidos. Fui-lhe apresentado.
Ele me olhou e num leve arremesso pousou no encosto da poltrona e continuou a
nos fitar. Seus olhos tinham uma tonalidade amarelada e me pareciam tristes. De
que estaria fugindo: filho rebelde, ânsia de liberdade, penas de amor ou fome?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Nunca
tinha visto um gavião de perto. Fui até o quarto, peguei a máquina fotográfica
e fiz algumas fotos. Não se recusou. Posou. Abriu as asas, movimentou-se,
exibiu a estampa de suas penas, como se fosse um modelo. Ele não crocitou uma
vez, sequer. Como não tinha nada a oferecer-lhe, disse a Cidamar para colocá-lo
na grade da janela para ele ir-se. Recusou. Não foi. Então Cidamar levou-o até
o corredor e colocou-o no parapeito, aí, sim, ele bateu asas e voou.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Que
bicho é esse? Intrigado, fui ao dicionário e ele me informou que se trata de
uma ave de rapina diurna, da família dos Acipitrídios ou dos Falconídeos, que,
em sua maioria, se alimentam de presas vivas ou de animais mortos. Olha só o
perigo. É nome também de uma tribo indígena. E tem várias denominações. Contei,
no Houaiss, cinquenta e três. Eis algumas: gavião azul, gavião caipira,
gavião-do-mar, gavião-real, gavião rapina... é também, vejam só, indivíduo
esperto, ladino, conquistador. Mereceu até um samba de Pixinguinha: Gavião
Calçudo (1929):<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">“Quem tiver mulher bonita<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Esconda do gavião<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Ele tem unha comprida<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Deixa os maridos na mão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Mas viva quem é solteiro<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Não tem amor nem paixão<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Mas vocês que são casados<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Cuidado com o gavião”<o:p></o:p></span></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-33792335046068039142019-01-01T09:41:00.000-08:002019-01-11T11:34:56.423-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfLhrTAnJ4qhinrxQy21gpsCi4qanpTa4uJU5wVN1zIc-l51nKKXrANbAGc_wNXtK4G09XP96wHFmifp7TQN665oD2EazVxCnzbmjmbF8mTG45BGfiLnyzcoMXi908jy_v-1KJ7h5rdwnx/s1600/horoscopo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="773" data-original-width="1026" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfLhrTAnJ4qhinrxQy21gpsCi4qanpTa4uJU5wVN1zIc-l51nKKXrANbAGc_wNXtK4G09XP96wHFmifp7TQN665oD2EazVxCnzbmjmbF8mTG45BGfiLnyzcoMXi908jy_v-1KJ7h5rdwnx/s320/horoscopo.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-align: center; text-indent: 2cm;">
<i style="text-indent: 2cm;">2019 </i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="text-indent: 2cm;">Dizem as más línguas (e as boas, também) que
o melhor lugar para a gente saber das novidades (fofocas?) é nas Barbearias
ou nos Salões de Beleza. Verdade ou não,
foi num desses salões que, por caso,
peguei uma revista que trazia as
previsões astrológicas para o próximo ano de 2019, e ao som dos patatis patatas
dos clientes fui lendo as tais previsão, pois sou como Cervantes: "no creo
en brujas pero que las hay, las hay" .</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>E li que o planeta regente do ano é Marte. E
como sempre ouvi dizer que Marte é o deus da Guerra, fiquei logo de pé atrás.
Mas olha o que diz o astrólogo: "Considerado o planeta da paixão, do sexo
e da ação, o astro vai intensificar os desejos {...} deixará as pessoas mais
destemidas, ousadas e cheias de iniciativas, embora também impulsivas". Olha só o que diz de Virgem
meu signo: "Astral vibrante na vida
amorosa e sexual". Aos 98?<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Me assustei mais ainda foi com a carta do
Tarô: o Enforcado. Mas foi só ignorância do assunto. A carta indica um período
propício para o crescimento espiritual e aconselha treinar a paciência e não
forçar nada. Nova perplexidade: "Mas se está só tenha certeza que irá
viver um belo amor". Repito: aos 98?<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Os Orixás serão Ogum, o senhor de todos os
metais e que trouxe a tecnologia para o mundo: e Oxum a deusa da beleza e do
amor. É, já me disseram que o meu orixá feminino é Oxum. Protejei-me, então.
Eles são mais objetivos vão impulsionar as ações e estimular o trabalho.
Gostei. Não fala de amores, mas aconselha aos virginianos a "prestar atenção aos colegas de duas caras para não se
complicar". De olho neles
virginianos.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Para os virginianos os números da sorte são:
0,18, 21, 32, 40, 57. Tentar a sorte é fácil num país que proíbe o jogo de azar
(privado) mas, tem a seu dispor, publicamente: Loteria Federal, Loto, Sena,
MegaSena, Totolec... É só fazer uma fézinha, porque com dinheiro aos 98 alguém se habilitará, né?</i><br />
<i><br /></i></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-85034289095083338632018-12-11T09:23:00.001-08:002018-12-11T09:23:38.548-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/yCmgvnPK2vE/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/yCmgvnPK2vE?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">São Paulo. 16/09/06 - Visita a Catedral
Basílica Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Fica no município
paulista de Aparecida. Diz um folding<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>que é maior templo católico do Brasil e o segundo do mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ocupa mais de 143m² de área construída. É a
terceira igreja a abrigar a santa desde a sua aparição. O Santuário é
administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo
Redentor. É visitado por mais de 12 milhões de romeiros, por ano, de todas as
partes do mundo.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O projeto é do arquiteto Benedito Calixto.
Tem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a forma de cruz grega. Estilo: neoromânico.
Tem uma passarela chamado de "Passarela da Fé", que a liga a antiga
basílica, também a visitação de turistas e crentes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Extensão: 395m que alguns fieis atravessam de
joelhos. Ato de consagração: 4 de julho de 1980, pelo papa João Paulo II. Já
foi visitada por três papas: João Paulo II, Bento XVI e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>atual, Francisco. Já recebeu a Rosa de Ouro três vezes. A última foi
pelas mãos de Francisco, comemorando os 300 anos do aparecimento da Santa. A
rosa de Ouro é a mais antiga condecoração papal. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Saindo, agora, das informações turísticas
vem a emoção de um quase descrente diante de tanta grandeza, mas também de
tanta fé. O que é isso? Toda essa grandeza para abrigar uma santinha de poucos
centímetros de altura, pousada num nicho inatingível. Negra. (Ela era realmente
negra? Senão porque representá-la, assim?) <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Havia muita gente. E nem era um dia
especial. Quando chegamos, estava sendo rezada uma missa. O som desses cantos
católicos vibrando dentro das naves dessas igrejas, também vibram dentro de
mim. As vezes me dá até vontade de chorar. Catarse? A cara das pessoas que
religiosamente crêem também mexe comigo. O que representa aquela pequenina
imagem para essas pessoas? Muitas daquelas caras são brancas e talvez até
preconceituosas. Mas, ali, só existe fervor. As vezes, nem conhecem a sua
história apenas seguem a multidão se ajoelhando, suplicando, implorando uma
graça qualquer. Eu? Permaneci em silêncio porque não sei nem rezar e sendo só -
não pergunto, como Donne, "por quem os sinos dobram", mas quem rezará
por mim, se isso for, realmente, necessário?<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 28.3pt;">
<br /></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-86907308670341736482018-11-26T09:47:00.000-08:002018-12-11T10:44:23.081-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRkE-ecEgBF29UuQoRrj1_1STdeZ92zHIjafR4kCH4QdEqKrM9yZQNs5baXY-eYn8wMFZfXX0aD699-7jRndOfpFJm2mrEoVYy-N6qErSMCEREukM2_uKohTC8c1CE2FD_YwgEvHAw9fut/s1600/Palacioa+Boa+vista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1600" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRkE-ecEgBF29UuQoRrj1_1STdeZ92zHIjafR4kCH4QdEqKrM9yZQNs5baXY-eYn8wMFZfXX0aD699-7jRndOfpFJm2mrEoVYy-N6qErSMCEREukM2_uKohTC8c1CE2FD_YwgEvHAw9fut/s400/Palacioa+Boa+vista.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">São Paulo. 16/9/06 - Visita a casa de verão
do governador paulista, que fica no Alto da Boa Vista, cidade de Campos do
Jordão, na Serra da Mantiqueira. Campos do Jordão fica a 173km de São Paulo. A
casa/palácio foi mandada construir pelo então governador de São Paulo Adhemar
de Barros (1901/1969). Adhemar governou São Paulo duas vezes, de 1947 a 1951 e
1963 a 1966. A casa tem a forma de um castelo. Estilo Tudor, diz o guia. O
arquiteto foi Georg Przyrembel.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dentro, é uma mistura de tudo. Parece um
antiquário: móveis, louças, cristais, prataria, lustres de vários estilos e
origens. Muitos quadros originais de pintores brasileiros. Principalmente dos
modernistas: Malfati, Tarcila (Os operários), Di Cavalcanti, Portinari,
Guignard, Di Cavalcanati, Djanira, Rego Monteiro... Diz ter 105 cômodos e cerca
de 1800 obras de arte.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No último quarto,
a grande cama mandada confeccionar especialmente para adormecer o enorme corpo
do General De Gaule (2m20cm), quando de sua visita ao Brasil, em 1964. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ao lado do castelo há uma capela
moderníssima. O folding diz que o arquiteto foi Paulo Mendes da Rocha. E que
foi construída sobre um único pilar. É dedicada a São Pedro Apostolo. Mas há
uma escultura de São Francisco em ferro vazado. Sozinho. Rodeado de bancos de
madeira envernizada. As paredes são de vidro, deixando ver a paisagem
montanhosa ao redor. A Serra da Mantiqueira. Cujo nome me fez lembrar a seresta
de Ary Kerner Veiga de Castro, gravada por Gastão Formenti, em 1932:</i><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Na serra da Mantiqueira<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Sob a fronde da mangueira<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Que ela em moça viu plantar<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Sentadinha no seu banco<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Cruzando o cabelo branco<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Mãe Maria vai sonhar...<o:p></o:p></i></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-87074877992859548852018-11-08T09:35:00.000-08:002018-11-08T09:35:02.890-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbQS2yLASuXNf0-P6Hp-pAcfLxUayZk9528QKOXixzDc6kW_gLqNWAnLdBRrNODu14K0gg0beuUsMN7ejrpgyJiXgxKr9shM-o3Hg2YBmka950EBXDtHxiUVp-CsLh-oysvMcFUISW6D0D/s1600/Nova+pasta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbQS2yLASuXNf0-P6Hp-pAcfLxUayZk9528QKOXixzDc6kW_gLqNWAnLdBRrNODu14K0gg0beuUsMN7ejrpgyJiXgxKr9shM-o3Hg2YBmka950EBXDtHxiUVp-CsLh-oysvMcFUISW6D0D/s400/Nova+pasta.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">22/02/08 - Visita a Gruta de Ubajara - Ubajara é um município
cearense situado na Serra da Ibiapaba ou Serra Grande, a 304 km de Fortaleza.
Tem uma área de 421 km. Numa altitude de 847m. Gentílico: ubajarense. Um de
seus articulistas diz que o nome é de origem tupi e quer dizer: dona da canoa
(ubá=canoa e iara=senhora). <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Sua principal atração
é a Gruta de Ubajara, situada no Parque Nacional de Ubajara, criado em 1959.
Fica a 3km da sede do município. O Parque tem por atração: trilhas, cachoeiras
e onze cavernas. O acesso a gruta que se visita é feito por um teleférico e
acompanhada por monitores. Trezentas pessoas por dia e doze de cada vez. A
Gruta tem 1.200m de extensão numa depressão de 535m. O bondinho vai até setenta
e cinco metros de profundidade. O terreno é muito irregular, escorregadio, as
vezes, e um pouco sufocante. É escura. Os monitores usam refletores que
focalizados sobre as formações rochosas desenham formas e tonalidades de estranha beleza.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">É pena que a propaganda sobre turismo no Ceará se concentre
mais nas praias, quando o estado possui
um interior tão diversificado e particularmente bonito. E temperaturas que em
certas épocas do ano lembram as das regiões sulistas. Como amazônida, um dos
aspectos climáticos que mais me chama atenção é - o vento. Sob um sol
escaldante encontrar uma sombra é ter a certeza de uma onda de aragem te refrescará.
Ou invocar Caymmi:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">"Vento que dá na vela<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Vela que leva o barco<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Barco que leva a gente<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Gente que leva o peixe<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Peixe que dá dinheiro, Curimã".<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-69862208511005856552018-10-18T12:19:00.002-07:002018-10-18T12:24:59.769-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE71lclldq-w_fG9g5rh4tv98B62WZzJCexjEq_N-LcLWFrWaIlpqZ6SCG-HkHgYYK05-oEX4vHdtScSoAFndOPoqrxHjLLMeFLjl2fYLVufXlLjwO6Q5_3ZyIZ3dpDh2yMh4KvVwIxMue/s1600/amapa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="217" data-original-width="394" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE71lclldq-w_fG9g5rh4tv98B62WZzJCexjEq_N-LcLWFrWaIlpqZ6SCG-HkHgYYK05-oEX4vHdtScSoAFndOPoqrxHjLLMeFLjl2fYLVufXlLjwO6Q5_3ZyIZ3dpDh2yMh4KvVwIxMue/s400/amapa.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 56.65pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm -0.05pt 10pt 1cm; text-indent: 63.8pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm -0.05pt 10pt 1cm; text-indent: 63.8pt;">
<i>9/7/1987 – Viagem: Fortaleza, Belém, Amapá,
Belém, O trecho Belém a Macapá, de ida, foi de navio a volta de avião. Macapá é
um município brasileiro, capital do estado do Amapá. Situa-se no sudeste do
estado e é a única capital estadual brasileira que não possui interligação por
rodovia a outras capitais. <o:p></o:p></i></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3zro3INb8asSnliCQTyHKykTrYEpgjrgCOA6JQSiNqT07E7gm_nf-UURZuN-bFgTDUK0IsUuQfBoeuVKpOu7qHYnawJNSIJ8QhjIL5aE85-Bk3oxc0zq2-2oQ33r1178xZzMHtttnXV29/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="329" data-original-width="244" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3zro3INb8asSnliCQTyHKykTrYEpgjrgCOA6JQSiNqT07E7gm_nf-UURZuN-bFgTDUK0IsUuQfBoeuVKpOu7qHYnawJNSIJ8QhjIL5aE85-Bk3oxc0zq2-2oQ33r1178xZzMHtttnXV29/s200/2.jpg" width="148" /></a><i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 28.3pt 10pt 1cm; text-indent: 2cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm -0.05pt 10pt 1cm; text-indent: 2cm;">
<i>Saímos de Belém para Macapá, a meia noite do
dia 9. Chegamos dia 11. Vinte e nove horas de viagem, pelo Rio Amazonas,
cruzando a oceânica baía de Marajó, se enredando pelos curiosos estreitos de
Breves. Nas curvas dos paranás, o navio apita uma ou duas vezes, avisando que
vai para este ou oeste. As crianças se aproximam do navio, em suas canoas, a
espera de que lhes joguem alguma coisa: comida ou roupa ou brinquedo. É de se
ver a perícia da necessidade.<o:p></o:p></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A ausência de eletricidade é suprida por uma
enorme lua cheia sobre a mata e o rio. De vez em quando, nas margens "bruxo-leia"
a chama de um farol, com lembranças de olhos de cobra-grande. E a grande e
profunda solidão do espaço plantado e inundado. O aparente repleto do nada. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">As atrações de Macapá são: as praias, o
Forte de São José (onde um grupo de teatro já encenou a Paixão e então <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ensaiava a Loucura de Artaud) Um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos principais pontos turísticos é: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o Marco Zero, um grande relógio de sol
construído para indicar o local por onde passa a Linha do Equador, que divide a
superfície terrestre, de forma imaginária, em dois hemisférios, o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>momento exato da ocorrência do equinócio,
quando os raios de sol, de forma aparente, incidem exatamente sobre a Linha do
Equador. Viagem inesquecível.<o:p></o:p></i></div>
<br /></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-24424236218380721442018-10-11T10:41:00.001-07:002018-10-11T10:43:32.325-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/F5VKffApeuo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/F5VKffApeuo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">25/08/10 - 4ª feira: City tour: orla marítima (a avenida
litorânea tem seis quilômetros); Centro histórico: Praça dos Leões, palácio de
La Ravardière, Praça Pedro II, Igreja da Sé, beco e ladeiras, Projeto Reviver.
Almoço.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">O evento está se
realizando no Hotel Poti. Palestra e depois uma apresentação de Tambor de
Creola e Boi Bumbá. Informações:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Natural de São Luis: saoluisense.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Fundação da cidade de São Luis: 1612;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">A Ilha mede: 805km²<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">População: 1.000.000hab<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">A Ilha de São Luis tem quatro cidades: São Luis,
Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. As três cidades: 1.300.000hb.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">26/o8/10 - 5ª feira: Um passeio sempre agradável: Alcântara.
Alcântara pode ser alcançada por terra e por mar. Já estive lá umas três vezes,
todas de barco, atravessando a Baia de São Marcos, ora serena ora revolta. Alcântara
é um município da Região Metropolitana de São Luís, no estado do Maranhão. Área:
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1457,96 km². A zona do atual município
era habitada por índios tupinambás, numa aldeia chamada Tapuitapera. Fundação:
22 de dezembro de 1648. Distância até a capital: 30 km<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">O desembarque é no Porto do Jacaré. Sobe-se até o centro da
cidade, por calçamento rústico, até a Praça, onde está a ruína da Matriz de São
Matias e o antigo Pelourinho. Ao redor, sobrados coloniais revestidos de
azulejos portugueses. A Cadeia e Museu, século XVIII.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Mais adiante, as ruínas do Palácio Negro, antigo mercado de
escravos. Ruínas das casas que disputavam a hospedagem do Imperador, que por
isso mesmo desistiu da visita a Alcântara, dizem os guias. Rua da
Amargura.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Visita a Casa de Cultura Aeroespacial, onde militares mostram
vídeos das atividades da Base de Alcântara. Fotos de foguetes e outros
artefatos aeroespaciais. Indumentária. Uma réplica da Sonda 4 (foguete de
testes).<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Fora essa demonstração de modernidade, Alcântara nos faz
mergulhar num passado de vários séculos. E, quase inacreditável, dada a
distância da Ilha de São Luis, que tenha tido um passado tão rico, conforme se
vê nas ruínas de casas de barões e altos comerciantes. Numa de suas igrejas, o
guia mostra o púpito em que pregava o Padre Antônio Vieira. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">Vale uma visita.</span></i></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-13704052137671101202018-10-03T11:57:00.002-07:002018-10-03T11:57:34.594-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaTFI-Z6DHeb4sxxbv7V0Gs_iNndAfYzAiowM3MHrvu7VzyhmCzi7HvAO7RtgrmN58qOLr0L8UqYeIEqgeWNL1430ok7HNpgUAgvdTSm8Dpwz36BjvH-9_xL2oJTTLfUrKuyBK0NjKAMpG/s1600/sao+luiz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="1059" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaTFI-Z6DHeb4sxxbv7V0Gs_iNndAfYzAiowM3MHrvu7VzyhmCzi7HvAO7RtgrmN58qOLr0L8UqYeIEqgeWNL1430ok7HNpgUAgvdTSm8Dpwz36BjvH-9_xL2oJTTLfUrKuyBK0NjKAMpG/s320/sao+luiz.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Há quarenta anos esta noite - VII </span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Creio que a mais popular invenção do século XX<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– foi o cinema. Foi por meio dele que
recebemos ou popularizamos o famoso “american way of<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>life”, isto é, boas e más influências, por
exemplo: <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">moda: tênis, calça jeans, camisas de malha...; <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">alimentação: coca cola, hamburger, saladas...; <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">habitação: edifício, apartamento, elevador...; <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">transporte: carro (automóvel), motos...;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">música: fox, swing, baladas, jazz...;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>idioma inglês:
é só dar uma volta pelas ruas de nossas capitais e ler o nome de seus
estabelecimentos... e a moeda? Ah! o dólar. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Eu recebi. "Gosto que me enrosco" de sanduíches, de
calças jeans (ou assemelhadas), de camisa de malha, de tênis, da música
americana e do cinema, então? Pena que a idade não me permita mais acompanhar
os lançamentos como o fazia, antes. E não tenha estudado bem o inglês para ler
seus autores no original. Grande literatura. E que bela língua! E em vez de
ler, ver os filmes. Quanto dos filmes perdemos enquanto lemos as legendas. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Quando mudei para Fortaleza, a cidade era bem servida de
cinemas. E boas salas. No Centro, havia o São Luis, o Diogo, o Fortaleza, o
Cine-Art e os poeiras: Jangada e Old Metrópole;<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>no Center Um, primeiro shopping da cidade, havia o Gazeta, onde
sexta-feira a noite e sábado de manhã passavam filmes de arte. Havia ainda as
salas alternativas: Casa Amarela e Casa de Cultura Alemã. Frequentei-os com
assiduidade.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Hoje, os cinemas mudaram de espaço, estão todos nos shoppings
que se multiplicam pela cidade. No Centro resta apenas o São Luis, restaurado
com os esplendores que merece. Primeiro, como um marco histórico e exemplar
típico de uma época; segundo, como única sala de eventos, no centro; terceiro,
deveria ser o ponto de partida para a tão discutida recuperação do centro da
cidade. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Sou frequentador de shoppings, mas vou pouco ao cinema.
Porque? Pela falta das sessões contínuas. Não posso entrar no cinema com o
filme começado e terminar de vê-lo na sessão seguinte. Fazer várias coisas e
ver o filme no tempo que eu determinar. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ver um filme, agora, é um programa e não uma
rotina cultural, como antes. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Quem mais deve<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>estranhar a nova moda, são aqueles que depois do trabalho, entravam no
cinema para esperar que a hora do aperto passasse para pegar um bom lugar no
ônibus; ou dos namorados, que iam ao cinema por duas serventias: namorar e
passar o tempo para ir para casa. No verão, então, era uma delícia: o ar
refrigerado, o escurinho da sala e o aconchego dos corpos. Ah! tempos.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-71019199353058323942018-09-21T09:23:00.003-07:002018-09-21T09:25:21.763-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvZBXDVG60a_rfZ1K0OAR2s7r8y7n8UVo7nb8DR-09iElFf9e1E1yGD6EyjYrjYI9Lx8fJyBEdZXvw5rl1dcPowSC-AFLai3qJA9g4pcb6b9zILyWAtbiBmTScy6TyYOV6FKz41srUrH44/s1600/livrarias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="491" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvZBXDVG60a_rfZ1K0OAR2s7r8y7n8UVo7nb8DR-09iElFf9e1E1yGD6EyjYrjYI9Lx8fJyBEdZXvw5rl1dcPowSC-AFLai3qJA9g4pcb6b9zILyWAtbiBmTScy6TyYOV6FKz41srUrH44/s320/livrarias.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">Há quarenta anos esta noite - VI</i></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gosto muito de ler. Era então natural que uma das primeiras coisas que
procurasse na cidade fosse, livrarias. Qual não foi a minha decepção ao ver que
só existiam duas: a “Livro Técnico”, na Praça do Ferreira e a “Renascença”, na
Rua Major Facundo. Ambas no centro da cidade. Hoje, desaparecidas. Havia muitas
livrarias de livros escolares. Mas livrarias para leitores de literatura mesmo,
só essas duas.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Comecei, então a frequenta-las. Aí, vi que os estoques pouco se
renovavam. Como comprava semanalmente o Jornal do Brasil e o Correio da Manhã,
do Rio; e a Folha, de São Paulo, nas Bancas de Jornais da Praça do Ferreira e
lendo os seus suplementos literários de sábados e domingos, estava sempre
atualizado no que se publicava. Mas demoravam a chegar aqui ou vinham apenas
dois ou três exemplares. Alguns já reservados aos figurões locais. Apelava,
então para os meus amigos no Rio ou São Paulo.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Algum tempo depois, inaugurou-se a Moderna, na Aldeota, próxima ao
Center Um. O gerente, Ari, era o mesmo que me atendia na Livro Técnico, da
Praça do Ferreira. Estava protegido. Ia lá semanalmente. Fechou. A Nobel, na
Dom Luís, também não demorou muito. Com a inauguração do Iguatemi foi
inaugurada também a Siciliano, que perdura até hoje. Agora comprada (?) pela
Saraiva. A única coisa que mudou foi o maior acervo de livros de direito da
Saraiva. No mais, continua a preferência da Siciliano por best-sellers e
auto-estima. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hoje, a cidade está muito bem suprida de livrarias. Existem vários
shoppings e cada um deles tem uma livraria, como: a Saraiva no Iguatemi e North
Shopping, a Leitura no Del Paseo e no Rio Mar. Fora dos shoppings, existem a
Nobel e a melhor de todas: a Cultura. Cito essas porque são as que mais
frequento. Mas deve haver outras, pois me parece que o cearense está lendo
muito mais agora do que quando cheguei aqui. Um dos grandes chamariz é o
lançamento de livros de blogueiros e de padres católicos, nos shoppings.
Superlotam. Antes pouco do que nada.<o:p></o:p></i></div>
<br /></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-68691434517446013122018-09-05T10:47:00.002-07:002018-09-05T10:48:58.321-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSby6YbZkYvAUQXr1rjkP6L_OLfJXN5aePm9lzIn22ypBFDiPqLnwl7yxOZc63wSigVxbwJhar-lAGsSh1vGeck5DiHO1GITnrYsBw9m56nDjJJPKkGDxdwUEIMncKyvSnXIwU2Oh-unZg/s1600/SUCIRATE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="463" data-original-width="682" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSby6YbZkYvAUQXr1rjkP6L_OLfJXN5aePm9lzIn22ypBFDiPqLnwl7yxOZc63wSigVxbwJhar-lAGsSh1vGeck5DiHO1GITnrYsBw9m56nDjJJPKkGDxdwUEIMncKyvSnXIwU2Oh-unZg/s320/SUCIRATE.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Há quarenta
anos esta noite - V</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Um dos aspectos da mudança ao qual tive mais atenção – foi a
linguagem. Como já tinha uma certa deficiência auditiva, quando cheguei aqui,
tive que redobrar a minha atenção ao ouvir os cearenses. Como falam rápido. E
como acontece em qualquer região do Brasil teem um dialeto, com vocabulário,
expressões, gestual e musicalidade, próprias.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Mesmo quando viajo gosto muito de prestar atenção a maneira
de falar de meus conterrâneos. Como, por exemplo, os pequitititos diminutivos
dos amazonenses ou o som da vogal “o” quase sempre transformada em “u”; ou a
indicação: “ali”, sempre transformada em “ali bem”, pronunciada com um leve
espichar do lábio inferior. O “uai sô”, dos mineiros; ou os “barbaridad tchê”,
dos gaúchos; o “r” dobrado dos caipiras paulistas: porrta, corrda; ou os
excessos de “ss” dos cariocas. Sem malicia, só o prazer da diversidade.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Em Fortaleza, anotei algumas palavras típicas ou usadas de
maneira particular, que hoje, em virtude talvez da televisão e da grande
mobilidade das populações, não existem mais. Quando cheguei aqui ouvia me
perguntarem: “que hora é essa”, para, que horas são?; “diga aí”, para o que é
que há? “Acochar”, para apertar; “rebolar” para jogar fora; “brechar” para
espiar. As palavras: mulher, filho, velho, sempre em corruptela: muié, fio,
fia, véia, véio. Isso até em pessoas de boa escolaridade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Muitas das expressões maliciosas
desapareceram, como: “pai d´egua”, “arre égua”,” baitola”. Costumam, ainda,
comer os “ss” e “rr” finais das palavras ou trocar o para, por “pa”.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Não tenho nenhuma pretensão de crítica, pois não tenho
credenciais gramaticais ou lingüísticas, para tal. Mesmo porque essas
especificidades se verificam em todas as regiões. Em algumas nos identificamos
nacionalmente, como nos: “marmenino”, “mermo assim” e outras que não me ocorrem
agora e não vem ao caso. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">O que mais me chamou atenção, quando cheguei aqui, foi o
apodo de Zé. Era seu Zé pra cá e seu Zé pra lá e eu fazendo força para engolir
em seco o tal de Zé, que não queria em mim. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">- Seo, Zé, me dê uns trocadin.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">- Seo,Zé, me dê umas foia de mamoero.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Eu que tivera tanto trabalho para ser chamado pelo meu pré
nome, de que tanto gosto, ver-me de repente transformado num Zé qualquer. Mas
foi coisa de instante e ontem como hoje continuo a ser o Alberto de sempre. "Garra
a Deus!”, como dizia uma de minhas tias afim.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Mas foi justamente esse Zé, continuado ou não, que me chamou
atenção para a minha nova condição de, embora nacional, migrante. E me impreguinou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de tal forma que hoje me pareço um amazonense
meio carioquisado e ciarensisado: nortista, sudestino, nordestino. Arre égua,
macho velho!<o:p></o:p></span></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-73484275399450643282018-08-24T09:37:00.002-07:002018-08-24T09:37:41.810-07:00<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2P47snB9ed2buFuszwQ_k-8qwj912v5igLGTsKCWlcvXtmbpSuFjgkYVz5OPOjAn57tlFYCcTgAJ-9dNHb1egX7hFLDKRC3CUcZl5V7GbiSxPm3krSzqhOlnYgD3ACT8KLJahdtnNlxbn/s1600/predios.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="591" data-original-width="924" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2P47snB9ed2buFuszwQ_k-8qwj912v5igLGTsKCWlcvXtmbpSuFjgkYVz5OPOjAn57tlFYCcTgAJ-9dNHb1egX7hFLDKRC3CUcZl5V7GbiSxPm3krSzqhOlnYgD3ACT8KLJahdtnNlxbn/s400/predios.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">Há quarenta anos esta noite - IV</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Creio que, então, um dos serviços mais
precários da cidade, era o transporte. As linhas de ônibus me pareciam mal
distribuídas. As vezes, tínhamos que andar cinco quarteirões para tomar uma
condução. O serviço noturno era mais precário ainda. Taxi <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>era caro e os ônibus paravam praticamente as
vinte horas, depois só o "corujão" a meia noite. Nesse setor, também
tivemos que nos adaptar. No Rio, os ônibus são identificados normalmente pelo
número, embora tenham nome. Aqui, é sempre pelo nome, embora tenham número,
também. “Vais tomar o Jovita?” “Não, vou de Rodolfo Teófilo.”.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Por isso, tentei me motorizar. A distância
dos mercados, das feiras, dos divertimentos, me levou a comprar um carro. Mas
decididamente não nasci com o espírito de Senna ou Massa. Chegar em casa de
madrugada e ter que estacionar o carro, abrir a porta do carro, sair e fechar;
abrir o portão, abrir e fechar novamente a porta do carro para colocá-lo na
garage; sair outra vez do carro e fechar o portão; trancar o carro e abrir e
fechar a porta de casa. Não. Decididamente, não. Vendi o Fiat... E foi quando,
a meu favor, apareceu o serviço de central de taxis: Rádio Taxi. Basta um
telefonema e lá veem eles com o número de portas que eu desejar e como na
marchinha de carnaval, até: “com ar refrigerado para os dias de calor”. Assim
tenho, até hoje, cerca de quatrocentos carros, com mesmo número de motoristas,
a minha disposição, a tempo e hora.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Também nesse setor Fortaleza progrediu
muito: foi instituído o Bilhete único, a instalação de binários, passarelas,
bicicletas compartilhadas, carro elétrico compartilhado, faixas exclusivos para
ônibus,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>linha de metrô entre Fortaleza e
Paracuru; de VLT entre Fortaleza e Caucaia... existem várias centrais de taxi:
Rádio Taxi, 99, Uber, Rodotaxi, Capital...o pagamento pode<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ser feito a dinheiro ou cartão de crédito.
Pode ser chamado na hora ou agendado. Até pedi para ser acordado de madrugada,
por exemplo, para não perder a hora da viagem. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Creio que a mobilidade urbana seja um dos
problemas mais difíceis de serem resolvidos em Fortaleza. Não será alargando
ruas ou avenidas, construindo túneis ou viadutos que ele será resolvido, quando
se sabe que entram na cidade cerca de três mil novos carros por mês e as
"carroças", como diria o Collor, não são retiradas do tráfego. Creio,
porém, que esse não é um problema daqui, mas de todas as grandes cidades. Carro
como status. E dizem que Fortaleza é uma das capitais do país com mais carros
importados.<o:p></o:p></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-61972171490055508742018-08-12T07:08:00.002-07:002018-08-12T07:09:24.942-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKnGFHh32YRLSKnOpy_ndZObYeNvd0h_mqN81SwLrUFhaZ_hWq_KeU5_PFDa5AAYaGi0G7_40LAfRJDcQ4PIgbaXWFPHeH2rJfwFCZHvlPup5mJ4P4mg2wTzqOuvSYokq8bREsYTV0DVk1/s1600/lar5j.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="207" data-original-width="310" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKnGFHh32YRLSKnOpy_ndZObYeNvd0h_mqN81SwLrUFhaZ_hWq_KeU5_PFDa5AAYaGi0G7_40LAfRJDcQ4PIgbaXWFPHeH2rJfwFCZHvlPup5mJ4P4mg2wTzqOuvSYokq8bREsYTV0DVk1/s320/lar5j.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">Há quarenta anos esta noite - III</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Toda vez que se invoca o nordeste, pensa-se
logo, em seca. Quando cheguei aqui, ouvia falar até de “indústria da seca”.
Promessas eleitoreiras não cumpridas, desvios de verbas públicas para bolsos
particulares, esmoleres aos “magotes” pelas ruas. Estes, na verdade, chegavam a
incomodar. Certa vez, ouvi alguém dizer: se eu for dar esmola a todos que me
pedem vou ter que pedir também para voltar para casa. Morando em casa, era quase
necessário ter uma pessoa exclusiva para atender aos pedintes ou despachá-los.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Foi por causa de água que quase não me fixei
aqui. A primeira casa que aluguei tinha água de poço. Não sabia lidar com as
tais bombas. A da casa recém alugada quebrava mais do que funcionava. E eu não
dava trégua a meu primo Eduardo. “Eduardo, a bomba quebrou. Me arranja um
bombeiro”. E lá vinha ele com um especialista, contratado no centro da cidade.
Eles ficavam a espera de trabalho, geralmente, na esquina da Rua São Paulo com
Barão do Rio Branco.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Até que rescindi o contrato de aluguel e
mudei para uma casa recém construída, com água encanada. Respirei. Eram poucas
as ruas de bairros que tinham água encanada (Cagece). E muitas pessoas não
confiavam nos serviços da empresa. Preferiam água de poço, cuja água diziam ser
pura. Havia, então, os chafarizes. Os moradores mais abastados contratavam
pessoas para entrarem nas filas de madrugada para recolherem água, de manhã
cedo. Eles as recolhiam geralmente em latas de querosene, que eram também uma
medida de valor.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Todas as casas tinham poço, cuja água os
moradores usavam para os serviços de casa. A água para beber era a do poço
público. Perto da minha casa havia um
chafariz, na chamada Pracinha, na Rua Érico Mota, atrás do colégio Monsenhor
Linhares. O horário ia de seis as dez horas da manhã. O carregadores cobravam
cinquenta centavos do cruzeiro para levá-las até em casa. Havia também terrenos
particulares com poços de água pura que os proprietários vendiam. <o:p></o:p></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Diziam que havia lugares na cidade que só
tinha água de poço. No sítio de meu
amigo Estrigas, no Mondubim, a uns doze quilômetros de distância do centro da
cidade, ainda era assim. Consultando um site da cidade de Fortaleza, li que a
cidade, na época, não tinha cinquenta por cento de água encanada. É o tipo de
obra que além de perturbar o cotidiano da cidade, não dá visibilidade aos
políticos. Fica, então, só em projeto. Promessa do candidato a governador ou
prefeito na próxima eleição. E o eleitor que acredite e vote ou troque o voto por um simples favorzinho. “E la
nave..."</i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-69560957748283579482018-07-20T04:55:00.001-07:002018-07-20T04:55:11.518-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE8avQsiM_-QjmGveFX1MVCH5Vwph1MKxFuErws90EMgpzvkFKtPkHiwy5INDxrAiW1ePKuIOeUZMhK-HEYS1coDrxhqnWCVSFBqm_VxLCOwT2AO6OzATAabYGLtOKjrAfMVD7mb6k60QI/s1600/Igreja+redonda+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="318" data-original-width="482" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE8avQsiM_-QjmGveFX1MVCH5Vwph1MKxFuErws90EMgpzvkFKtPkHiwy5INDxrAiW1ePKuIOeUZMhK-HEYS1coDrxhqnWCVSFBqm_VxLCOwT2AO6OzATAabYGLtOKjrAfMVD7mb6k60QI/s400/Igreja+redonda+2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Há quarenta anos esta
noite - II </span></i></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">A mudança não foi fácil. Principalmente para minha mãe e
minha irmã. Morávamos na Rua Djalma Ulrich, em Copacabana, onde tínhamos de
tudo: amigos, parentes, serviços, diversão, em cada quarteirão... e de repente
mudar para a Avenida Jovita Feitosa, na Parquelândia, recém asfaltada e com
plantações no meio fio que não sabia se iam vingar sob tanto sol ardente e
ventos fortes. Na avenida, na época, não havia uma casa de comércio. Foi fogo!
Mas com a ajuda dos parentes tudo se arranjou.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Tivemos que nos reeducar em algumas coisas já esquecidas e
nos adaptarmos em outras. A alimentação foi uma delas. Há quarenta anos as
feiras de Fortaleza ofereciam somente o mais trivial, em matéria de hortaliças.
Oriundos do norte, onde não usávamos muito essa forma de alimento, facilmente
nos adaptamos a eles quando mudamos para o Rio de Janeiro. Aqui, voltamos a nos
privar de espinafre, couve-flor, jiló (uma das preferências de minha mãe), chuchu,
abobrinha, beterraba, beringela, batata baroa... Hoje, tem tudo isso e muito
mais.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Eu tive que aprender a fazer compras de casa. Supermercado,
por exemplo. O rancho, que aqui dizem fazer o "mercantil". Ir a
feira, outra aprendizagem. Procurei fazer amizade com os feirantes,
falando-lhes francamente da minha inexperiência e eles foram muito simpáticos.
Me ensinaram a escolher o peixe (o brilho dos olhos, a cor da guelra; a apalpar
as frutas sem machucá-las...). Fiquei mestre e fiz amigos. Hoje, sou um dos
grandes apreciadores das feiras livres<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e
dos grandes super mercados. Embora só faça esses, atualmente. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 16.0pt;">Nota - Ainda existem feiras, mas a novidade dos supermercados
as substituíram em quase tudo: Éxtra, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carrefour,
Cometa, Pão de Açúcar, São Luís, G. Barbosa, Assaí...praticamente existe pelo
menos um em cada bairro da cidade.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-82510808574123888032018-07-10T06:21:00.000-07:002018-07-10T06:25:13.904-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsqItSA4oivAHpR1D4hBVoYMyoY3v1cM8kd6HrQoAjiZ8L7LTigH9_WIMUDCKuIyzWcBddoZxm2dDiF_vIeVTOZBrFqItKjmU1BzfySLG1TlaJm6Ic03nkeSl_T9rgjtE4o35IqxmDhC6g/s1600/40anos+em+fortaleza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="746" data-original-width="1051" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsqItSA4oivAHpR1D4hBVoYMyoY3v1cM8kd6HrQoAjiZ8L7LTigH9_WIMUDCKuIyzWcBddoZxm2dDiF_vIeVTOZBrFqItKjmU1BzfySLG1TlaJm6Ic03nkeSl_T9rgjtE4o35IqxmDhC6g/s400/40anos+em+fortaleza.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"> Há quarenta anos esta
noite - I</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 4.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i>(O título é parecido com o do filme de Louis Malle: "Le feu
follet", de 1963, que recebeu no
Brasil o apelido de "Trinta anos esta noite". E do livro de Paulo
Francis, intitulado, "Trinta anos esta noite ou O que vi e vivi". O
filme conta a história de um homem atormentado em busca de si mesmo, muito bem
interpretado por Allan Delon. Aqui, porém, não se falará de um ser tão
atormentado mas com certeza de um pouco do que vi e vivi nesta cidade, nestes
últimos quarenta anos).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i> No dia 6/07/1978 – Tomei um
avião da Cruzeiro do Sul, no Aeroporto do Galeão Rio de Janeiro, voo de
15h30min, com destino a Fortaleza, Ceará, onde cheguei as 20h10min. Tomei um
táxi e vim para a casa de Maria Anunciada,
viuva de meu tio Epitácio, na rua Silva Paulet, nº 650, onde já estavam hospedadas
Tia Coló e Maria. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Tentava conter a emoção. Afinal, eram trinta anos de Rio de Janeiro,
que estava deixando para trás. Quando mudei para o Rio, em 1948, era todo excitação.
Tinha vinte e sete para vinte e oito anos. Estava, agora, as vésperas de
cinquenta e oito. O estado de espírito era outro. Me adaptaria? <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Estava me aposentando e resolvi mudar-me para uma cidade menor, que já
conhecesse e tivesse relações de amizade ou parentes. A escolha estava entre
Manaus e Fortaleza. No início do ano, pedi a Tia Coló e Maria que passassem uma
temporada nessas duas cidades e decidissem em qual das duas prefeririam morar,
uma vez que já tinham decidido que me acompanhariam. Assim foi feito.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Em junho, recebi um telefonema de Maria, de Fortaleza, dizendo que eu
poderia preparar a mudança para essa cidade. Elas não voltariam. Ficariam a
minha espera. Para me certificar fiz uma rápida viagem a Fortaleza. Confirmada
a escolha, pedi a Eduardo que nos alugasse uma casa, pequena, confortável e se
possível com quintal. Estava farto de apartamento.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Ficamos hospedados na casa de Anunciada até a chegada da mudança e
limpeza da casa que José Eduardo alugara
para nós: Avenida Jovita Feitosa, nº 2334, Parquelândia. A casa era muito
grande para três pessoas idosas, muito simples e de tão poucos trastes. Tinha
sala, três quartos, sala de refeições, cozinha e quarto de empregada. A lavanderia
era fora. Era um verdadeiro festival de cores: amarelo, azul, verde, rosa, e
preto. Providenciei uma nova pintura: tudo gelo ou areia. Não suportaria tanta
alegria vinte e quatro horas por dia. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Nessas casas antigas, as salas de refeições são sempre muito grandes.
Maiores do que as outras dependências, principalmente em relação aos quartos.
Quase sempre pequenos e estreitos. Difícil caber folgado cama e guarda-roupa. Ainda
o hábito de dormir em rede e guardar as roupas em malas ou baús? E as salas de
refeições tão grandes? Para reunir em torno das compridas mesas a família
numerosa, os parentes, os hóspedes e os aderentes? Pronta a limpeza, mudamos. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>As razões da mudança? Estava me aposentando e não queria continuar
trabalhando, pelo menos no que vinha fazendo. Se ficasse no Rio de Janeiro não
poderia rejeitar as propostas que me tinham sido feitas. Devia muito a algumas
dessas pessoas, mas resolvi seguir a mim mesmo, dai por diante. Estender a
minha disponibilidade que era parcial a total. Estava com cinquenta e oito anos
e trabalhava desde os doze – quarenta e seis anos. Acreditava ter direito de
entrar para a confraria dos vagabundos remunerados, os aposentados. Sem
remorso.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 1.0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Nota - quando me mudei de Manaus para o Rio de Janeiro, em 1948, viajei
também, num avião da Cruzeiro do Sul. O comissário, muito meu amigo,
prognosticou que eu não aguentaria seis meses. Fiquei trinta anos, por escolha
e prazer. E agora? Quantos?</i></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-34957652483837002642018-06-29T12:20:00.001-07:002018-07-10T06:23:55.606-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR9e4QpL5Oda0oa5lmJ2DkeVETPJ_XRUTwsjq1ikqQmW7E8OvZIXv0ygwGqcorjpyX-YQv84y5NFQtOgTQX5tt4StPRH9CDUCe87-IfGu-JSlhKyD61lce_C0Ln7kM6Ki2ClemN2PU1vRf/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1308" data-original-width="1159" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR9e4QpL5Oda0oa5lmJ2DkeVETPJ_XRUTwsjq1ikqQmW7E8OvZIXv0ygwGqcorjpyX-YQv84y5NFQtOgTQX5tt4StPRH9CDUCe87-IfGu-JSlhKyD61lce_C0Ln7kM6Ki2ClemN2PU1vRf/s320/blog.jpg" width="282" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">Fantasia ou realismo mágico?</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>A fazenda ficava entre Manaus e Itacoatiara,
distrito de Amatari, como já disse. De lá, diziam ver, de noite, navios
iluminados aparecerem na foz do rio Madeira. E essa imagem era associada a
Cobra-Grande. Boiúna. Lembro-me de um menino que fazia xixi na rede todas as
noites, e todas as manhãs prometiam entregar-lhe a Boiúna, se ele não se
corrigisse. Cheio de medo aí é que ele fazia. E o pobre apanhava.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i> Essas
ameaças eram sempre associadas ao Matinta Perera, uma espécie de Saci de duas
pernas; ao Curupira, com os pés voltados para trás; ao Mapinguari, cuja
invencibilidade estava no umbigo ou a M´boitatá, a cobra de fogo. Fogo fátuo?
Esses eram os bichos papões do lugar.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Havia ainda as histórias de botos, seduzindo
donzelas e de Iaras encantando rapazes. Os mais bonitos ou bonitas, que a lenda
despreza os feios. Os feios são sempre maus: os bonitos sempre bons. Ai de mim!
Mas esses eram assuntos para gente grande. Principalmente quando se sabia do
nascimento de algum filho de boto. Sonhar a beira dos barrancos, tomar banho de
rio, nua, passear de canoa em lagos e igarapés eram álibis perfeitos para o
aparecimento súbito de uma barriga grande em qualquer moça.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Lembro-me de tia Raimunda (que não merecia
esse nome e em boa hora lhe arranjaram o apelido de Miminha), tia Miminha,
passeando de mãos dadas comigo, em frente a casa, me contando que certa vez
ouvira o canto da Iara, bem ali, deslizando pelo rio. E entoava os cânticos sem
palavras, que sem eu saber me enchiam de melancolia.<o:p></o:p></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Essas e outras histórias, essas e outras
personagens, não são lendas, não são mentiras, na vida do amazônida. São
verdades de um povo cuja vida é comandada pelo rio e pela floresta. Histórias
de caboclos. Não confundir com índios. Esses pertencem a outro seguimento do
mesmo espaço. Esse é o meu: "negro da terra".<o:p></o:p></i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-82890113406618873982018-06-05T10:43:00.000-07:002018-06-05T10:43:42.041-07:00<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UJ104enOf4he10BYPuqLDiPP3DC8x1oWGU9O41qAZZ_qIO8-BxGqyHj4apphCH24aGzLMsL-nxW_EniLr9ItlkAbmulI00NC8ImpbNvoY8sI_OT1TIIg3fwNXCd7kJa1dJycuwrMSur9/s1600/tabuada-e-metodo-abc-antigos-materiais-escolares-anos-70-D_NQ_NP_686207-MLB26913189244_022018-F.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="734" data-original-width="921" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UJ104enOf4he10BYPuqLDiPP3DC8x1oWGU9O41qAZZ_qIO8-BxGqyHj4apphCH24aGzLMsL-nxW_EniLr9ItlkAbmulI00NC8ImpbNvoY8sI_OT1TIIg3fwNXCd7kJa1dJycuwrMSur9/s320/tabuada-e-metodo-abc-antigos-materiais-escolares-anos-70-D_NQ_NP_686207-MLB26913189244_022018-F.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><br /></i>
<i style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">Educação</i></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="text-indent: 2cm;">Tia Isaura servia de professora as crianças
que circundavam a casa: filhos dos trabalhadores e sobrinhos. De ambos os
sexos. Meus avós mal sabiam assinar os nomes, mas construíram um grande
patrimônio, que os filhos alfabetizados, não quiseram ou souberam cuidar. Não
lembro de ter participado regularmente de suas aulas, mas com certeza me
alfabetizei vendo e ouvindo o bê-a-bá ensinado aos outros. Pois quando fui para
cidade já sabia ler.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O
ensino era cantado. Os livros eram a cartilha e a taboada. Havia também um
caderno de caligrafia. Todas as letras dos adultos se pareciam. Tia Isaura não
era formada e como constatei mais tarde, era apenas alfabetizada. Mas
representou um grande papel: ensinou a ler e escrever a muita gente. O depois
era com cada um.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O método usado era leitura em voz alta,
ditado e cópia. A taboada era tomada com os alunos de pé em círculo. Havia
castigo: a palmatória. Quem respondesse errado levava bolo. Os erros de texto
eram reescritos até acertar.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ela não falava, gritava. De longe podia-se
ouvir seus gritos: um mais um; seis vezes quatro; oito menos cinco... Embora eu
ficasse isento de tudo: exercícios e castigos, na hora da taboada eu tremia de
medo, ouvindo o estalido da palmatória nas mãos dos meninos. Resultado: ignoro
as famosas quatro operações até hoje. A leitura, o ditado e a cópia eu tirava
de letra. Sem obrigatoriedade, é claro. Eu era um espécie de senhorzinho. Só
fazia o que queria. Deu nisso.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Entre Manaus e Itacoatiara, havia um
simulacro de escola pública, num lugar chamado Colônia, onde também havia uma
Agência de Correio, cuja representante era uma senhora chamada Zinha, mulher de
meu tio Rogério. Mas era muito longe. O transporte, é claro, era canoa. Levava
algumas horas de viagem da fazenda até lá. Educação era supérfluo ou luxo.
Mudou muito?<o:p></o:p></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-35956718379934623262018-05-18T07:28:00.002-07:002018-05-18T07:28:23.365-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtJs0RTe7nQWA-z8HVmFyppZbastJg6I2SPETp22l2uRRrnVVv84hXNS8pQsNe-vGJufAL9niqegpdKoznPnTrSeM3PxiwV9yVuN9LDX5mXoeTLu1iHFxHPWysfr-j-OH8on6oxxjVZqge/s1600/PEIXE+COM+FARINHA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1265" data-original-width="1600" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtJs0RTe7nQWA-z8HVmFyppZbastJg6I2SPETp22l2uRRrnVVv84hXNS8pQsNe-vGJufAL9niqegpdKoznPnTrSeM3PxiwV9yVuN9LDX5mXoeTLu1iHFxHPWysfr-j-OH8on6oxxjVZqge/s400/PEIXE+COM+FARINHA.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-indent: 2cm;"><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i style="text-indent: 2cm;">O que
comiam?</i></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Embora a cozinha amazonense seja a base de
peixe, na fazenda comia-se muita carne. De boi, porco, galinha e alguma caça.
Sempre ouvia dizer que carne rendia mais, quando se tinha muita gente para
comer. E era mais fácil e mais rápido de preparar e guardar. A carne de boi
vinha do curral. Periodicamente matava-se um. Ver matar um boi foi uma
experiência traumática para mim. Fiquei muito tempo visualizando a cena. Parte
da carne era secada ao sol e armazenada. Assim como o peixe.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Creio que a maior parte da energia alimentar
consumida, vinha do café da manhã pela sua diversidade. Sempre fartíssimo: café
(torrado e pilado em casa), leite (colhido diariamente), coalhada, queijo,
macaxeira e batata doce cozida, tapioca, beiju, cuscuz de milho ou arroz,
jirimum cozido amassado num prato fundo com leite e açúcar, bolachas ou roscas,
industrializadas. Era de ver o vai e vem das pessoas servindo a mesa de todas
essas iguarias fumegantes. O silêncio era de claustro. Na mesa não se falava.
Comia-se. A única voz a se ouvir era a de meu avô, a cabeceira, distribuindo as
tarefas do dia, a seus colaboradores.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O almoço era habitualmente um fartíssimo
cozido (carne, macaxeira, batata doce, jirimum, banana pacovã), arroz, feijão
(da plantação) e farinha.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A farinha era
indispensável a qualquer hora. Qualquer um que passasse por uma vasilha cheia
de farinha, tirava um punhado e levava a boca com tanta destreza que não caia
um farelo sequer. As farinhas são de várias espécies: dágua, seca, surui. Cada
uma com sua especialidade. Nos dias comuns não havia sobremesa.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nos domingos, com menos gente, o cardápio
variava: peixe frito ou assado, galinha a cabidela, sempre acompanhados de
arroz e farinha. Ou só de farinha. Nesses dias comia-se sobremesa: doce de
leite ou de goiaba, feitos em casa, por minha avó; ou arroz doce, preparado por
uma das tias, deliciosos. Melancia, melão, manga, laranja, tangerina, goiaba ou
araçá, banana (pacovã, baié, maçã, São Tomé), cajás, pitangas, pitombas, jaca,
abiu, cajarana eram frutas do trivial, não eram sobremesa. Comia-se a qualquer
hora. Ainda sinto seus cheiros e sabores.<o:p></o:p></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4419788693629004930.post-71711068403191331322018-04-18T05:51:00.003-07:002018-04-18T05:51:35.398-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBBXI9cRAw6-k8BrbZwmDb5OUMhfn6SwXZsEAARWEEOR6Wdue85wJDAo1iRSovU7uwW7EKB_dQ3ReC9AdBuLfYF1zYenHM-j73mKSg8BsDtw0XaFQfyNocUB9TWy_Ae-cmxQnXA7-bbKFg/s1600/acai.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="881" data-original-width="1600" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBBXI9cRAw6-k8BrbZwmDb5OUMhfn6SwXZsEAARWEEOR6Wdue85wJDAo1iRSovU7uwW7EKB_dQ3ReC9AdBuLfYF1zYenHM-j73mKSg8BsDtw0XaFQfyNocUB9TWy_Ae-cmxQnXA7-bbKFg/s400/acai.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify; text-indent: 2cm;"><i>O que produzia a
fazenda?</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Creio que não se
tratava bem de uma fazenda, mas de um grande sítio. Agora é tarde, para saber
disto. Os que poderiam esclarecer estão todos mortos. Mas com certeza era muito
terreno para poucos bois, cavalos, porcos e carneiros. E muita galinha. O cacarejá
destas e o cocoricó dos galos, anunciando o dia, ainda de madrugada,
denunciavam a quantidade. Depois de parir seus ovos as galinhas cantam. Porque?
Para que? Para quem? Gostava de ver abrir o galinheiro e presenciar a saída
delas, ciscando e bicando o chão, buscando a liberdade, com seus bater de asas
e murmúrios assanhados. Leve como pena de galinha, crista de galo, parece um
galo garnizé, pinto calçudo! Expressões que o tempo levou.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>A agricultura
era de subsistência. Havia um pomar atrás da casa. Com longas fileiras de
diversas espécies de pés de manga – a doçura das espadas, apesar do nome – de
laranjeiras e tangerineiras, o perfume das flores das laranjeiras, banhadas de
orvalho, aromando a noite, lembrando os buquês de noivas daquela época, é claro.
Jambos-brancos, pitangas, pitombas, cajás, bananas de várias espécies, bacaba,
açaí e cupuaçu. Estes ainda não conhecidos nacionalmente, como hoje.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Bonito era o
tapete verde-fosco das folhas rajadas de branco dos pés de jirimuns, de melões
nativos, cujo cheiro me enjoava (até hoje). Plantas rasteiras, contrastando com
a alta elegância dos pés de castanha – comum ou sapucaia – elevando-se aos céus
com seus ouriços de formas bonitas – principalmente os da sapucaia – e diversas
serventias, quando esvaziados. As castanhas quando novas, são leitosas;
passadas, são oleosas. Mas sempre saborosas e nutritivas. O que não se sabia,
então. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Disse antes, que
o mister de suprir a casa do alimento principal era de meus tios. Na verdade,
no meu tempo, era de meu tio Alberto e Vicente, uma cria da família. Os outros
tios, na década de vinte, já tinham casado ou ido a luta. Tio Alberto era
alegre, extrovertido, forte, corajoso, festeiro, namorador. Um típico homem do
campo. O rio e a mata não tinham segredos para ele. Quando o via na cidade, de
paletó e gravata, achava sempre que estava fora do seu habitat. Era um peixe
fora d´água. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 10.0pt; margin-left: 1.0cm; margin-right: 28.3pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i>Como não vivia
da pecuária nem da agricultura, de que vivia então a fazenda? Vivia da venda de
lenha, para alimentar as caldeiras das embarcações que demandavam o rio acima e
abaixo. A forma de comércio era o escambo. Lenha pra lá, açúcar, café (em grão),
sal, bolacha, rosca, tecidos, utensílios de costura, sabão e outras utilidades,
pra cá. Assim foi, até 1935, quando venderam a fazenda, cinco anos após a morte
de meu avô. E o restante da família: minha avó Joana, minhas tias Luiza,
Zulmira e Isaura; meus tios Pedro e Alberto foram morar em Manaus. Com o
dinheiro da venda compraram uma casa na rua Silva Ramos, 359, e lá viveram até
morrerem todos. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<br />ALBERTO RODRIGUES SOEIROhttp://www.blogger.com/profile/18187852524837832888noreply@blogger.com1