Igreja do Pobre Diabo
Toda cidade tem lá suas
excentricidades. A minha, Manaus, não poderia fugir a regra. Assim, além das
igrejas de Nossa Senhora dos Remédios, São Sebastião e Matriz ( Nossa Senhora
da Conceição), a padroeira da cidade, temos a Igreja do Pobre Diabo. Não, não
acendemos uma vela a Deus e outra ao Diabo. Este decaído só aparece nas grandes
cheias ou vazantes. Mas, tem sido domado.
A chamada Igreja do
Pobre Diabo é, na verdade, uma pequena capela, que comporta no máximo 20
pessoas e fica no bairro de Cachoeirinha. E porque, Pobre Diabo? Contam que em
1882, Antônio José da Costa, um comerciante português, dono de uma loja na Rua
da Instalação, no Centro da cidade, mandou fazer uma tabuleta, que representava
um homem coberto de trapos com os dizeres: “Ao pobre diabo”. Ele sempre dizia
que não vendia fiado por ser um pobre comerciante. A população, então, começou
a apelida-lo de “Pobre Diabo”.
Um dia, Antônio adoeceu
gravemente e sua mulher, Cordelina Rosa fez a promessa de mandar construir uma
igreja se Antônio ficasse bom. Antônio curou-se e Cordelina cumpriu a
promessa. Mandou construir a igreja. Inaugurada
no dia 28 de novembro de 1897. Desde, então, a capela passou a ser conhecida
como a Igreja do Pobre Diabo. Mas, na verdade, Santo Antônio é seu santo
inquilino mor.
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