sábado, 11 de abril de 2015


                     

                     



                       Igreja do Pobre Diabo



Toda cidade tem lá suas excentricidades. A minha, Manaus, não poderia fugir a regra. Assim, além das igrejas de Nossa Senhora dos Remédios, São Sebastião e Matriz ( Nossa Senhora da Conceição), a padroeira da cidade, temos a Igreja do Pobre Diabo. Não, não acendemos uma vela a Deus e outra ao Diabo. Este decaído só aparece nas grandes cheias ou vazantes. Mas, tem sido domado.

A chamada Igreja do Pobre Diabo é, na verdade, uma pequena capela, que comporta no máximo 20 pessoas e fica no bairro de Cachoeirinha. E porque, Pobre Diabo? Contam que em 1882, Antônio José da Costa, um comerciante português, dono de uma loja na Rua da Instalação, no Centro da cidade, mandou fazer uma tabuleta, que representava um homem coberto de trapos com os dizeres: “Ao pobre diabo”. Ele sempre dizia que não vendia fiado por ser um pobre comerciante. A população, então, começou a apelida-lo de “Pobre Diabo”.

Um dia, Antônio adoeceu gravemente e sua mulher, Cordelina Rosa fez a promessa de mandar construir uma igreja se Antônio ficasse bom. Antônio curou-se e Cordelina cumpriu a promessa.  Mandou construir a igreja. Inaugurada no dia 28 de novembro de 1897. Desde, então, a capela passou a ser conhecida como a Igreja do Pobre Diabo. Mas, na verdade, Santo Antônio é seu santo inquilino mor.



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