Lição nº 3
Finalmente “O Imoralista”. É a
história de um jovem casado que, numa convalescência, recobra o gosto de viver
ao conhecer um adolescente árabe. A propósito, copio as palavras da contra capa
que diz que é com O Imoralista que Gide melhor justifica as palavras que o
definiram para Jean-Paul Sartre: “ele nos ensinou, ou lembrou, que tudo podia
ser dito – essa a sua audácia – mas segundo certas regras do bem dizer – essa a
sua prudência”. Lições:
- Saber libertar-se não é nada; difícil é saber ser
livre.
- Ser me ocupa bastante.
- Estudava minha vontade como se estuda uma lição;
- minha salvação dependia só de mim.
- ignorando as necessidades do meu corpo. Estudei-o
pacientemente.
- não falava para não dizer nada.
- nunca fui um brilhante conversador;
- não se pode, ao mesmo tempo, ser sincero e parecer
sincero.
- considero a sobriedade uma embriaguez mais poderosa;
conservo com ela a lucidez.
- mentia ao dizer que não mentia mais.
- gosto bastante de ver para querer viver acordado,
- só existo totalmente.
La porte étroite
Lição nº 4
Grande parte da obra de Gide é baseada na sua própria
vida. Mas há livros que são mais que outros. Entre os que mais citam: O Imoralista,
A volta do filho pródigo, Se o grão não morre e A porta estreita. É desse que
copio agora:
- vitórias que obtemos nós próprios.
- Não és bastante forte para caminhar só?
- Não devemos julgar um homem através de um momento da
sua vida.
- A vida inteira aparece-me sob a forma de uma longa
viagem com ela, através dos livros, dos homens, dos países...
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