quarta-feira, 23 de março de 2016


                Minhas lições de Gide

                               Lição nº 1



André Gide foi o escritor cujos livros eu li e os reli desde que ele me foi apresentado, em Manaus, com certeza na década de trinta, pelo meu colega de escola, Régis. Régis era muito católico e eu começando a descrer. Estava encantado com a Rússia. O livro de Gide do qual ele falava era o “De volta da URSS”. Nunca o li, pois o que lia era em francês. Hoje, resolvi reler Gide. Comecei por “Paludes” uma vez que não tenho o seu primeiro: “Cadernos de André Walter”. Sublinhei muito, mas só vou registrar, aqui, aquilo que passei a considerar lição (quem sabe?) aprendida:
- Nós mesmos decidimos nossas ações;
- é preciso variar um pouco nossa existência.
- é preciso que as pessoas se indignem.
- …não podemos pensar claramente nas pessoas em presença delas.
- não inventamos nossas paixões.
- Nós valemos apenas pelo que nos distingue dos outros.
- você não pode dar aos outros senão o que você tem.   
- o que importa em nós é aquilo que não se pode encontrar em nenhum outro,

   Jean Paul Sartre escreveu, quando da morte de Gide: “ele nos  ensinou, ou lembrou, que tudo podia ser dito – essa a sua audácia -, mas segundo certas regras do bem-dizer – essa a sua prudência”.

    

Um comentário:

  1. Pois é. Estou chegando "no fim da pista" e não li o Gide. Lacuna imperdoável, embora minha mulher dele fosse fã desde tempos imemoriais. Claro que, nos tais tempos sem memória, eu não tinha cacife mental/intelectual para lê-lo, amá-lo e comprendê-lo. e não fi-lo por incopetência. Now, it is too late...

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