Minhas lições de Gide
Lição nº 1
Lição nº 1
André Gide foi o escritor cujos livros eu li e os reli desde que ele me
foi apresentado, em Manaus, com certeza na década de trinta, pelo meu colega de
escola, Régis. Régis era muito católico e eu começando a descrer. Estava
encantado com a Rússia. O livro de Gide do qual ele falava era o “De volta da
URSS”. Nunca o li, pois o que lia era em francês. Hoje, resolvi reler Gide.
Comecei por “Paludes” uma vez que não tenho o seu primeiro: “Cadernos de André
Walter”. Sublinhei muito, mas só vou registrar, aqui, aquilo que passei a
considerar lição (quem sabe?) aprendida:
- Nós mesmos decidimos nossas ações;
- é preciso variar um pouco nossa existência.
- é preciso que as pessoas se indignem.
- …não podemos pensar claramente nas pessoas em presença delas.
- não inventamos nossas paixões.
- Nós valemos apenas pelo que nos distingue dos outros.
- você não pode dar aos outros senão o que você tem.
- o que importa em nós é aquilo que não se pode encontrar em
nenhum outro,
Jean Paul Sartre
escreveu, quando da morte de Gide: “ele nos
ensinou, ou lembrou, que tudo podia ser dito – essa a sua audácia -, mas
segundo certas regras do bem-dizer – essa a sua prudência”.
Pois é. Estou chegando "no fim da pista" e não li o Gide. Lacuna imperdoável, embora minha mulher dele fosse fã desde tempos imemoriais. Claro que, nos tais tempos sem memória, eu não tinha cacife mental/intelectual para lê-lo, amá-lo e comprendê-lo. e não fi-lo por incopetência. Now, it is too late...
ResponderExcluir